Sobre

Muito antes da colonização oficial, a região de Canoinhas já era atravessada por bandeirantes e tropeiros que, desde meados do século XVIII, usavam o território como rota de ligação entre o Sul e o Sudeste. A construção da Estrada da Mata foi decisiva para a ocupação do território, que era originalmente habitado pelos índios Xokleng, caçadores e coletores que viviam em harmonia com a floresta de araucárias.

O rio que corta a região era chamado de Itapeba pelos indígenas — "pedra rasa" ou "cachoeira baixa" — e, mais tarde, de Canoges Mirim, termo que deu origem ao nome Canoinhas.

A colonização efetiva iniciou-se em 1888, com a chegada de Francisco de Paula Pereira, vindo de São Bento do Sul, considerado o fundador do povoado. A localidade passou a ser conhecida como Santa Cruz de Canoinhas e foi elevada a distrito em 1902, ainda em território disputado entre Santa Catarina e Paraná.

A economia local foi impulsionada inicialmente pela erva-mate e, depois, pela exploração da madeira, setores que sustentaram o desenvolvimento até meados do século XX. Em 1911, Canoinhas tornou-se município, sendo palco entre 1912 e 1916 de episódios marcantes da Guerra do Contestado, um dos maiores conflitos da história do sul do Brasil.

Em 1923, a cidade chegou a se chamar Ouro Verde, em alusão à erva-mate, sua principal riqueza. No entanto, o nome Canoinhas foi restaurado em 1930, consolidando-se até hoje.

A história do município é marcada por uma diversidade étnica rica. Além dos caboclos paulistas, descendentes de portugueses e espanhóis, chegaram poloneses, ucranianos, alemães, sírio-libaneses e italianos, especialmente entre o final do século XIX e início do século XX, vindos majoritariamente do Paraná. Essas diferentes culturas formaram a identidade plural e acolhedora de Canoinhas.

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